Fomos surpreendidos no dia primeiro de abril de 2021, numa quinta-feira, no horário nobre da emissora mais importante do Brasil, o beijo lésbico das personagens Penha e Leila (Clarissa Pinheiro e Arieta Corrêa). A dupla de bandidas fez sucesso entre os telespectadores da novela Amor de Mãe.
Tudo começou com a grande virada de Penha, que estava presa e quase morreu na cadeia. Mas, com a ajuda de Leila, sua melhor amiga, conseguiu fugir para se vingar de Belizário (Tuca Andrada), até então seu namorado.
O mais engraçado é que a militância, sempre atenta aos debates sobre as questões LGBT, não se manifestou muito no Facebook, maior rede social do mundo, mas foi no Twitter onde o assuntou entrou na lista dos top trends.
Pode-se falar o que for da Rede Globo, que apoiou a ditadura, que foi favorável ao golpe que culminou no impeachment da presidente Dilma, e que é parcial no que cerne à supressão de fatos e ações da Esquerda Brasileira, porém, suas posturas contra o racismo, a homofobia e o apoio à diversidade, ciência e às políticas públicas voltadas aos mais pobres, a fazem figurar como a emissora ''mais de esquerda'' entre todas as outras da TV aberta, com exceção da TV Cultura.
Bom.. Se ninguém comentou, há aqui uma oportunidade ao debate, uma vez que o primeiro beijo gay relevante da TV brasileira foi do casal Felix e Nico (Mateus Solano e Thiago Fragoso) em Amor à Vida (2014), da mesma emissora, e incendiou todas as redes sociais. Agora, sete anos depois, podemos considerar este, o primeiro beijo lésbico relevante da TV brasileira e também merece ser ovacionado em todas as redes sociais.
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