Procure aqui a matéria que te interessa

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Uma visão sobre a Análise do Discurso

Inspirada pela obra de Luis Felipe Rosado, ''Uma proposta de interface entre dois domínios da análise de discurso: a linha francesa e a sua relação com a teoria crítica do discurso.''

A Análise do Discurso na França é caracterizada por um trabalho mais teórico­ e abstrato. Já a Análise do Discurso anglo­saxã, tem um caráter mais empirista.

Norman Fairclough apropria-se da Lingüística e da Sociolingüística em sua concepção em contrapartida aos teóricos franceses PêcheuxFoucault entre outros...

Norman Fairclough à esquerda e seu amigo, Teun A. van Dijk

Ao propor a sua teoria social do discurso, Fairclough está assumindo um certo distanciamento em relação a Saussure, e ao que ele chama de abordagem estruturalista do analista de discurso francês, Michel Pêcheux

Ao usar o termo ''discurso'', nos diz Fairclough,

''proponho considerar o uso da linguagem como forma de prática social e não como atividade puramente individual ou reflexo de variáveis situacionais'' (FAIRCLOUGH, 1994).

Na ACD há necessidade do sujeito em uma posição fundamental para todo o processo de análise discursiva. O anti­humanismo dos teóricos pós­estruturalistas, encontra o seu oposto, em algumas dimensões da proposta de Fairclough: o mundo é constituído pela atribuição de sentido que os atores sociais lhe impõem. Sem a interação subjetiva, a intenção dos sujeitos e a atribuição de sentido aos objetos, não existem condições para explicar o processo de produção do discurso e dos sentidos. 





A AD do pós­estruturalista Pêcheux trata a prática discursiva e o evento discursivo como meros exemplos de estruturas discursivas, que são elas próprias representadas como unitárias e fixas. Considera a prática discursiva em termos de um modelo de causalidade mecânica.

Não abre espaço para tratar dos eventos sociais cotidianos, da produção de sentido intersubjetiva, sem fazer remissões a processos estruturais mais amplos.

Num diálogo entre as duas modalidades pode-se dizer que o acontecimento discursivo apresenta práticas discursivas e não­ discursivas motivadas estruturalmente, mas por outro lado, os sujeitos é que estão a todo o momento ressignificando, colocando as estruturas em risco em suas práticas discursivas.

O que é fundamental na AD, e ignorado na ACD, é a sofisticação na definição da estrutura da língua, ou da materialidade lingüística, expressão que nos fornece uma idéia mais completa do que se trata a língua: uma estrutura opaca, atravessada pelos eventos sócio­históricos. (Luis Felipe Rosado)



Na AD, o mais importante seriam os conceitos filosóficos e a produção de sentido, e não se volta da mesma forma à transformação social, como na ACD.

O discurso é dispersão de sentidos, porque é efeito de sentido entre locutores. Não existe no discurso univocidade de sentido, assim como não existe na língua e no sujeito do inconsciente, estruturado pela língua, a completude que se espera e se busca. (Luis Felipe Rosado)

Existem grandes diferenças em ambas teorias.

Para a ACD, o processo de interpelação ideológica, tal como é descrito na AD, é muito rígido e faz com que o sujeito desapareça ao estilo estruturalista. Para Fairclough, o agente­-sujeito é uma posição intermediária, situada entre a determinação estrutural e a agência consciente. Ao mesmo tempo em que sofre uma determinação inconsciente, ele trabalha sobre as estruturas no sentido de modificá­las conscientemente, em um espaço que se afirma muito mais amplo que na AD. É como se a estrutura estivesse em constante risco material em função de práticas cotidianas de agentes conscientes. (Luis Felipe Rosado)

A romanização e as invasões bárbaras.

Quem poderia imaginar que o Império Romano, uma das mais fabulosas civilizações de todos os tempos teve seu início num modesto povoado na região do Lácio (Latium), situado no centro da Península Itálica, no Séc.V a.C. cujos habitantes, eram humildes pastores que se denominavam latinos?



Porém, este povoado começou a crescer e a enriquecer, e consequentemente a despertar o  interesse e os olhares de povos vizinhos, que à qualquer momento poderiam invadir e dominar suas riquezas. Portanto, numa estratégia de defesa, decidiram atacar os outros povoados, antes de serem atacados, e assim iniciaram um processo de expansão de seus domínios territoriais.



No século II a.C., os latinos já haviam conquistado e pacificado toda a Península Ibérica, submetida ao imperador Júlio César, que explorava suas riquezas desde ouro, cobre, estanho, prata, chumbo, até vinhos, frutas, lã, cavalos e sal.



Romanização foi a ação civilizadora deste império nos territórios e povos conquistados, transmitindo sua cultura, costumes, leis, etc... Aperfeiçoavam cidades, construíndo estradas, pontes, sistemas de canalização, aquedutos, termas...

O termo ''Romanização'', foi criado pelo pesquisador e historiador alemão Theodor Mommsen no século XIX.


Uma das principais ações era a construção de escolas onde ensinavam a sua língua, o latim, origem principal da língua portuguesa.

O império romano se extendeu por quase toda a Europa e Oriente próximo. De tão vasto, não obtiveram contingente de pessoas que pudessem administrá-lo totalmente, e começaram a se desentender. 

A Invasão dos Bárbaros:

No século V d.C. por volta do ano 476 teria ocorrido a queda do Império Romano.



Os povos vizinhos, os Germanos, designados bárbaros, aproveitaram a fragilidade pela qual estavam passando para invadir suas regiões. Alanos, Vândalos, Suevos, Visigodos... Além de invadir, acabaram fixando-se na região.



Estes povos tinham sido violentamente arrancados das suas terras pela invasão de outros povos, os hunos, e que depois dessa expulsão, se deslocaram pela Europa, para Ocidente, em busca de novas terras onde se instalar. Em linhas gerais, eram aparentados com os grupos anglo-saxões.

Com o fim do Império Romano no Ocidente termina a Idade da Civilização Ocidental ou da Antiguidade Clássica, dando início à Idade Média.