Asteroide com chance de atingir a Terra pode acertar a Lua e o impacto seria visível daqui.
O asteroide tem quase a mesma altura do Castelo da Cinderela, na Disney, o equivalente a um prédio de 14 andares. (Sim, somos promotores do Disney Plus)
Com potencial destrutivo suficiente para
arrasar uma cidade inteira, o asteróide 2024 YR4 está previsto para se chocar contra a Terra em 22 de dezembro de 2032.
Quando ele foi descoberto, tinha a probabilidade de 1,2% de impactar nosso planeta, mas essa probabilidade mais que dobrou em questão de semanas, e agora está a 2,3%, a estimativa mais assustadora desde a queda do asteróide que extinguiu os dinossauros.
Com cerca de 55 metros de diâmetro, o asteroide tem quase o tamanho de meio quarteirão e detalhe: ele viaja pelo espaço a quase 48 mil km/h e, se colidir com a Terra, poderá liberar cerca de 8 megatons de energia, mais de 500 vezes a potência da bomba atômica de Hiroshima.
Embora não tenha força suficiente para causar um evento global, a destruição seria catastrófica e traria muitas conseqüências durante muito tempo.
Além da ameaça à Terra, o engenheiro David Rankin, do Catalina Sky Survey (programa de monitoramento gerenciado pela NASA juntamente com a Universidade do Arizona), destacou que há 0,3% de chance de o 2024 YR4 atingir a Lua, ou seja, é mais certeza de que ele atinja a Terra.
Rankin explicou que a colisão com a Lua poderia lançar fragmentos no espaço, e alguns desses detritos poderiam cair na Terra.
A Lua já foi atingida por inúmeros asteroides ao longo da história, o que explica sua superfície cheia de crateras. Caso o 2024 YR4 colida com o satélite natural, poderia abrir uma de até 2 km de diâmetro. Para comparação, a maior cratera lunar conhecida, a Bacia do Polo Sul-Aitken, tem mais de 2.400 km de extensão.
Para entender melhor a trajetória do asteroide, uma equipe internacional de cientistas recebeu autorização emergencial para usar o Telescópio Espacial James Webb, da NASA. O objetivo é coletar dados sobre o tamanho e a rota da rocha antes que ela saia do campo de visão da Terra nos próximos anos.
Até agora, os astrônomos têm calculado o tamanho do asteroide com base na quantidade de luz que ele reflete, captada por telescópios terrestres, ou seja, um método extremamente impreciso. Mas agora com o James Webb, teremos uma análise térmica do objeto, medindo o calor que ele emite. Isso permitirá uma estimativa 2 vezes mais confiável de seu tamanho e composição, e pelo que tudo indica, pode ser muito maior do que imaginanos e a porcentagem de impacto quase total.
Quando as chances dobraram de 1,2% para 2,3%, causou muito barulho diante de um desastre iminente, mas com o tempo, este asteroide com certeza, se tornará cada vez mais algo que vai tirar o nosso sono nos próximos anos.