Compareci à vernissage da exposição das obras de Abraham Palatnik, no MAM, que é a maior exibição já realizada do artista pioneiro da arte cinética no Brasil.
Com 97 obras e curadoria de Felipe Scovino e Pieter Tjabbes, traz seus trabalhos de fusão entre o movimento, o tempo e a luz.
Pinturas, desenhos, estudos, objetos, móveis e esculturas fazem parte da mostra de patrocínio do Banco Safra.
Sua originalidade conquistou a apreciação de artistas e críticos.
Participou da I Bienal de São Paulo, em 1951, e ganhou menção honrosa por colocar a comissão internacional de premiação diante de um impasse! Não sabiam como qualificar a obra o Aparelho Cinecromático “Azul e roxo em seu primeiro movimento” pois não era uma escultura, também não era uma pintura. Era algo que não poderia ser classificado em nenhuma das categorias da bienal, de tão inovador.
Participou da I Bienal de São Paulo, em 1951, e ganhou menção honrosa por colocar a comissão internacional de premiação diante de um impasse! Não sabiam como qualificar a obra o Aparelho Cinecromático “Azul e roxo em seu primeiro movimento” pois não era uma escultura, também não era uma pintura. Era algo que não poderia ser classificado em nenhuma das categorias da bienal, de tão inovador.
De óleos sobre tela do início da carreira a trabalhos recentesa, aos 86 anos, Palatnik mora no Rio de Janeiro, e tem explorado especificamente em sua arte, efeitos visuais por meio de movimentos físicos e ilusão de ótica, utilizando pesquisa visual e conhecimento matemático, instalações elétricas e jogo de luzes.
Nascido em Natal (RN), em 1928, filho de judeus russos, mudou-se para a cidade de Tel Aviv em Israel (então Palestina) em 1932. Aos 20 anos, voltou permanentemente para o Brasil.
Em 1954, Palatnik cria com o irmão Aminadav a fábrica de móveis Arte Viva, que funcionou até meados da década seguinte. Foram produzidos vários tipos de mesa com tampos de vidro pintados pelo artista, além de poltronas, cadeiras e sofás. Na década de 1970, Palatnik e o irmão inauguram a Silon, produzindo em larga escala objetos de design, sempre em formato de animais. “A obra só adquiria sentido pleno se alcançasse a vida, a rotina e o uso mais comum do cidadão”, explica o curador.
Enfim...
Seus aparelhos Cinecromáticos e Objetos Cinéticos, suas caixas com lâmpadas e telas coloridas que se movimentam acionadas por motores, mecanismos que geram uma série de imagens de luzes e cores em movimento, seus aparelhos constituídos por hastes e fios metálicos que possuem nas extremidades discos de madeira pintados de várias cores, placas que se movimentam lentamente, acionadas por motores e eletroímãs, e toda a sorte de movimentos rotativos de suas obras fazem dele um dos pioneiros da arte tecnológica no mundo.
De 3 de julho à 15 de agosto de 2014
Museu de Arte Moderna de São Paulo
Endereço: Parque do Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portão 3)
Local: Grande Sala
Horários: Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Tel.: (11) 5085-1300
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