Com poucos cliques já deu pra perceber que a direita não previu que a privatização da Sabesp iria atingí-los. Com discursos pró-privatizações e na defesa de que elas fazem bem para o mercado, começam a sentir na pele um pouco do próprio veneno.
Revoltosos contra ações estatais e políticas públicas, se vêem agora sem uma de suas principais regalias: o encerrando dos contratos com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo)
por grandes demandas. Estamos falando sobre grandes indústrias, shoppings centers, hospitais e grandes empreendimentos imobiliários.
A Sabesp está avisando os clientes que os contratos com descontos na tarifa não valerão mais a partir de 2025 e rompendo unilateralmente os acordos, que garantiam uma política de preços diferenciados.
A empresa afirma que está encerrando os contratos para se adequar aos novos critérios regulatórios. 😂 A ideia da companhia é renegociar os termos com os clientes.
O contrato de demanda firme era uma parceria de exclusividade firmado entre as grandes empresas e a Sabesp. Os descontos que serão revistos somam cerca de R$800 milhões anualmente.
As empresas afetadas podem:
Questionar a decisão judicialmente, buscar fontes de abastecimento alternativas, como perfuração de poços artesianos, reutilizar a água, mas não podem deixar de se sentir otárias com a restrição, antes adulada pelo governo.
A reação da direita ao fim dos contratos especiais da Sabesp foi mista. Alguns setores empresariais e políticos de direita expressaram preocupação com o impacto econômico da medida, especialmente para grandes consumidores como hospitais, shoppings e museus, que antecipam aumentos significativos nas contas de água.
Mas fala a verdade, com a decisão de seguir seu novo regime jurídico após a privatização, a Sabesp passa a focar em eficiência e sustentabilidade financeira, o que traria imensas melhorias na qualidade da água e de seus serviços. Isso é o mínimo que um esquerdista poderia esperar de uma privatização.
Porém, ao que tudo indica, a empresa ainda é novata, com atuação restrita às 16 cidades do Amapá desde 2022. Única a formalizar proposta para se tornar acionista de referência da Sabesp, a Equatorial, sem concorrentes, foi nomeada como a investidora finalista do processo de privatização de maior companhia de saneamento do Brasil.
Atuando no setor há apenas dois anos, a Equatorial iniciou sua participação na área de saneamento ao adquirir do governo do Amapá, em dezembro de 2021, 100% da concessão de serviços e água e esgoto do estado por R$ 930 milhões.
Por fim, com mais alguns cliques, descobri que a empresa tem como sua principal acionista, a Opportunity Asset Administradora de Recursos de Terceiros Ltda, que atua em diversos segmentos do mercado financeiro. E novamente com mais alguns míseros cliques, identifiquei que foi fundada por Daniel Dantas e Veronica Dantas, depois que se juntaram à Dorio Ferman, um dos banqueiros mais ricos do Brasil.
A família Dantas é uma das mais tradicionais famílias da Bahia, cujo patriarca foi o Barão de Jeremoabo, Cícero Dantas Martins, que é nome de município na Bahia. Cícero Dantas, filho do comendador João Dantas dos Reis, foi um poderoso latifundiário na região de Itapicuru, nordeste da Bahia, onde ficava a sede do latifúndio, que abrangia Jeremoabo, Tucano, Olindina, Antas, Canudos e Alagoinhas, dentre outros municípios. Além de latifundiário, Cícero Dantas foi também advogado e político dos mais influentes, usando sua influência para fazer com que o arraial de Canudos, fundado em suas terras por Antonio Conselheiro, fosse atacado e totalmente destruído por tropas federais, durante a Guerra de Canudos.
Parece que a direita está fazendo poucos cliques!
Click... Click...
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