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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Grupo de Estudos em Moda e Design, do ateliê Karlla Girotto.


A estilista Karlla Girotto está formando um grupo de estudos com até 10 participantes que visa a ampliação de repertório estético e conceitual, buscando afirmação de singularidades. O objetivo do curso é proporcionar experiências práticas e reflexões que ofereçam ao participante novas referências para a criação em moda e design. Amplamente baseado em textos, vídeos e exercícios, as dinâmicas demonstram as semelhanças entre as linguagens criativas. Como produto final, será desenvolvido um projeto que reflita a metodologia de trabalho proposta no curso.




Proposta:

• Elaboração de novos significados para o criar e desenhar.
• Entendimento das novas linhas de pesquisa que se apresentam como material de expressão.
• Ampliar a noção de referência estética, pesquisa e criação.
• Entendimento dos aspectos materiais (cores, formas, texturas) como um desdobramento natural da cartografia elaborada. Sair para a pesquisa de rua com a sensação ativada (e não o olhar).
• Delinear um como e um porquê para os itens coletados e entender as relações existentes entre as cartografias subjetivas e a materialidade real e objetiva.
• Identificação das escolhas estéticas e projeção das idéias e sensações em forma de mapas de trabalho.
• Entender as propostas de repertório apresentadas e dialogar em grupo sobre as novas relações de compartilhamento.
• Discussão sobre o papel do designer e os aspectos de criação a ele atribuídos.
• Trabalhar para apresentação do projeto final.
• Apresentar ao grupo e abrir para discussão os desenvolvimentos individuais.
• Misto de aula prática com aula teórica;

O curso tem duração de 14 aulas, que vão de setembro a dezembro, às quintas-feiras das 19 às 22:30hs no ateliê Karlla Girotto em Perdizes.
A mensalidade tem o investimento de R$ 380,00 e o curso é direcionado aos profissionais da área de design e de moda que desejam reciclar, reelaborar e resignificar seu repertório de informações para criação em suas diversas linguagens. Estudantes de moda, artes, design e também aos interessados em geração de novas ideias.
Como material, será utilizado caderno de anotações e de desenhos.

Clique aqui para participar.

Clique aqui para acessar a página de Karlla Girotto


sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Almeida Garret inicia o Romantismo Português do Século XIX


(Passos Manuel, Almeida Garrett, Alexandre Herculano e José Estevão de Magalhães)




































           
João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu na cidade do Porto em 4 de fevereiro de 1799 e faleceu em Lisboa em 9 de dezembro de 1854, e foi um grande escritor romântico, dramaturgo, e político, resumindo... É até hoje uma figura de imensa notabilidade de Portugal.

Por ter participado da revolução liberal de 1820, foi em exílio para a Inglaterra em 1823, e foi lá que teve o primeiro contato com o movimento romântico, descobrindo Shakespeare, Walter Scott e outros autores, visitando castelos feudais e ruínas de igrejas góticas, que se refletiriam na sua obra posterior.

Os primeiros anos do século XIX foram muito conturbados para Portugal. A fuga da família real para o Brasil em 1807, devido às invasão francesa de Napoleão Bonaparte, posterior domínio inglês, revolução liberal em 1820, retorno da família real em 1821 mais absolutista que nunca, independência do Brasil, a perda do comércio colonial com a antiga colónia em 1822, etc...

Este foi o cenário propício para o surgimento de um novo pensamento ideológico e artístico em Portugal e que concomitantemente já pairava por toda a Europa devido à semelhantes ocorrências.

Daí o escapismo e a idealização de quem quer fugir deste contexto pessimista e angustiante, refugiando-se no egocentrismo de seu universo subjetivo.

Com isso tudo então, Almeida Garret foi para a França em 1825, e nessa viagem escreveu o poema ''Camões'' considerado como a primeira obra da literatura romântica em Portugal.

''Camões'' ilustra fatos da vida de Luís de Camões relacionados com a elaboração e publicação da epopeia ''Os Lusíadas''.


Pedro Américo

                                                                          Auto-retrato, 1877, Galeria dos Uffizi
Pedro Américo de Figueiredo e Melo nasceu em Areia na Paraíba no dia 29 de abril de 1843 e falesceu em Florença, na Itália no dia 7 de outubro de 1905, e foi um intelectual, artista, escritor, cientista, filósofo, político e professor brasileiro, mas é mundialmente conhecido como um dos maiores pintores do Brasil, legando obras de inestimada preciosidade universal.

                       Retrato de Cândido Almeida Reis, 1888, Museu Nacional de Belas Artes
Desde cedo demonstrou muita inclinação para as artes. Ao participar como desenhista de uma expedição de naturalistas pelo nordeste, acabou sendo notado, e então recebeu uma bolsa de estudos do governo na Academia Imperial de Belas Artes. 

Também obteve uma pensão do imperador Dom Pedro II para ir se aperfeiçoar na Europa. Fez esse aperfeiçoamento artístico em Paris, estudando com mestres célebres e após seu retorno ao Brasil passou a dar aulas na Academia e iniciou suas atividades de pintura.

O estilo da pintura de Pedro Américo é neoclássico, romântico e realista, tendências que estavam em voga na sua época. 
Dentre suas pinturas, geralmente em grandes dimensões, o maior exemplo da perfeição desse pintor é o famoso quadro ''Independência ou Morte!'' 

                                      Independência ou Morte! (O Grito do Ipiranga) - 1888
Em Paris, o jovem Pedro Américo em meados de maio de 1859, visitou museus, monumentos, palácios e galerias de arte, matriculou-se na Escola Nacional Superior de Belas Artes.
Estudou também no Instituto de Física de Adolphe Ganot, no Curso de Arqueologia, bacharelou-se em Ciências Sociais na Sorbonne, aprofundando-se em arquitetura, teologia, literatura e filosofia, e assistiu aulas no Colégio de França e no Conservatório de Artes e Ofícios.

Como filósofo, as artes eram, para ele, eram as verdadeiras promotoras do progresso social, e deveriam ser cultivadas sobre uma matriz humanista, espelhando-se no exemplo dos gregos clássicos e dos renascentistas.

Frequentou em Paris o Salão dos Recusados, eque era onde os artistas que permaneciam ao circuito marginal das artes expunham, o que foi muito importante, pois assim teve contato com as vanguardas pré-modernistas.

Em 1865 perambulou, em grande parte a pé, por vários países.  Data desta época a publicação, em francês, de seu primeiro romance, Holocausto, traduzido para o português somente em 1882.

Voltou ao Brasil no início de 1870 dedicando-se à pintura de telas mitológicas, históricas e retratos. Lecionava arqueologia, história da arte e estética na Academia Imperial, e também escrevia. Além de dirigir as seçoes de numismática e arqueologia do Museu Imperial e Nacional também fazia caricaturas para o folhetim ''A Comédia Social''.

Dentre suas famosas pinturas estão: ''Batalha do Campo Grande'', ''Fala do Trono'', ''Ataque à Ilha do Carvoeiro'', ''Passo da Pátria'', ''Passagem do Chaco'', ''Batalha de Avaí'', e muitas outras...

Com uma espetacular e sofisticada técnica, Pedro Américo, para o bem ou para o mal, foi uma figura complexa, e suas obras expressam aspirações idealistas, moralizantes e revolucionárias... Transformou-se com o tempo num estilo mais tranquilo e apolítico. Mais sentimental, e o que antes era burguês, se tornou em muitos aspectos genuinamente "popular".

Veja algumas de suas obras:

                      Tiradentes esquartejado, 1893, Museu Mariano Procópio


                                                                          Pedro Américo - detalhe de A visão de Hamlet - 1893


     Fala do Trono (Dom Pedro II na Abertura da Assembléia Geral) - 1872


David em seus últimos dias é aquecido pela jovem Abisag, 1879, Museu Nacional de Belas Artes

                              A Noite com os gênios do Estudo e do Amor, 1883, Museu Nacional de Belas Artes