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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Pedro Américo

                                                                          Auto-retrato, 1877, Galeria dos Uffizi
Pedro Américo de Figueiredo e Melo nasceu em Areia na Paraíba no dia 29 de abril de 1843 e falesceu em Florença, na Itália no dia 7 de outubro de 1905, e foi um intelectual, artista, escritor, cientista, filósofo, político e professor brasileiro, mas é mundialmente conhecido como um dos maiores pintores do Brasil, legando obras de inestimada preciosidade universal.

                       Retrato de Cândido Almeida Reis, 1888, Museu Nacional de Belas Artes
Desde cedo demonstrou muita inclinação para as artes. Ao participar como desenhista de uma expedição de naturalistas pelo nordeste, acabou sendo notado, e então recebeu uma bolsa de estudos do governo na Academia Imperial de Belas Artes. 

Também obteve uma pensão do imperador Dom Pedro II para ir se aperfeiçoar na Europa. Fez esse aperfeiçoamento artístico em Paris, estudando com mestres célebres e após seu retorno ao Brasil passou a dar aulas na Academia e iniciou suas atividades de pintura.

O estilo da pintura de Pedro Américo é neoclássico, romântico e realista, tendências que estavam em voga na sua época. 
Dentre suas pinturas, geralmente em grandes dimensões, o maior exemplo da perfeição desse pintor é o famoso quadro ''Independência ou Morte!'' 

                                      Independência ou Morte! (O Grito do Ipiranga) - 1888
Em Paris, o jovem Pedro Américo em meados de maio de 1859, visitou museus, monumentos, palácios e galerias de arte, matriculou-se na Escola Nacional Superior de Belas Artes.
Estudou também no Instituto de Física de Adolphe Ganot, no Curso de Arqueologia, bacharelou-se em Ciências Sociais na Sorbonne, aprofundando-se em arquitetura, teologia, literatura e filosofia, e assistiu aulas no Colégio de França e no Conservatório de Artes e Ofícios.

Como filósofo, as artes eram, para ele, eram as verdadeiras promotoras do progresso social, e deveriam ser cultivadas sobre uma matriz humanista, espelhando-se no exemplo dos gregos clássicos e dos renascentistas.

Frequentou em Paris o Salão dos Recusados, eque era onde os artistas que permaneciam ao circuito marginal das artes expunham, o que foi muito importante, pois assim teve contato com as vanguardas pré-modernistas.

Em 1865 perambulou, em grande parte a pé, por vários países.  Data desta época a publicação, em francês, de seu primeiro romance, Holocausto, traduzido para o português somente em 1882.

Voltou ao Brasil no início de 1870 dedicando-se à pintura de telas mitológicas, históricas e retratos. Lecionava arqueologia, história da arte e estética na Academia Imperial, e também escrevia. Além de dirigir as seçoes de numismática e arqueologia do Museu Imperial e Nacional também fazia caricaturas para o folhetim ''A Comédia Social''.

Dentre suas famosas pinturas estão: ''Batalha do Campo Grande'', ''Fala do Trono'', ''Ataque à Ilha do Carvoeiro'', ''Passo da Pátria'', ''Passagem do Chaco'', ''Batalha de Avaí'', e muitas outras...

Com uma espetacular e sofisticada técnica, Pedro Américo, para o bem ou para o mal, foi uma figura complexa, e suas obras expressam aspirações idealistas, moralizantes e revolucionárias... Transformou-se com o tempo num estilo mais tranquilo e apolítico. Mais sentimental, e o que antes era burguês, se tornou em muitos aspectos genuinamente "popular".

Veja algumas de suas obras:

                      Tiradentes esquartejado, 1893, Museu Mariano Procópio


                                                                          Pedro Américo - detalhe de A visão de Hamlet - 1893


     Fala do Trono (Dom Pedro II na Abertura da Assembléia Geral) - 1872


David em seus últimos dias é aquecido pela jovem Abisag, 1879, Museu Nacional de Belas Artes

                              A Noite com os gênios do Estudo e do Amor, 1883, Museu Nacional de Belas Artes




Um comentário:

  1. Muito interessante!
    Você é uma das pessoas mais inteligentes que conheço.
    Parabéns!

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