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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Exposição de Antonio Dias e Roesler Hotel #26: Spectres com curadoria de Matthieu Poirier

Antonio DiasDe 02/04 a 03/05/2014

O artista produz trabalhos de pintura, instalação, fotografia, vídeo, e muitos outros...
A justaposição de telas de diferentes dimensões, mescladas com técnicas de pintura que exprimem a plasticidade dos materiais, e os processos físico-químicos, revelam as reações entre os elementos minerais com os pigmentos das tintas.


O artista paraibano, que nasceu em 1944, começou seu envolvimento com a arte ao se mudar para o Rio de Janeiro, no fim da década de 1950, quando teve aulas de gravura com Oswaldo Goeldi (1895-1961).
Vive e trabalha entre Rio de Janeiro e Milão. Participou da Bienal de São Paulo nas edições de 1981, 1994, 1998 e 2010.


Possui obras em museus internacionais como: Museum of Modern Art, Nova Iorque, EUA; Ludwig Museum, Colônia, Alemanha; Daros Collection, Zurique, Suiça; Stadtische Galerie im Lenbachhaus, Munique, Alemanha; Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, Buenos Aires, Argentina; Fondazione Marconi, MIlão, Itália; e Centro Studi e Archivio della Communicazione, Università de Parma, Itália.


Roesler Hotel 26# Spectres com curadoria de Matthieu Poirier 
02.04 > 05.07.2014

Fugacidade da Luz, do projeto de exposições da Galeria Nara Roesler, Roesler Hotel, que está em sua vigésima sexta edição, e que convida os principais curadores do Brasil e do mundo, conta com o historiador da arte Matthieu Poirier, para a exposição Spectres (Espectros), trazendo cerca de 20 trabalhos de artistas como James Turrell e Julio Le Parc.



Poirier, co-curador da mostra Dynamo, do Grand Palais, reúne na mostra esculturas, instalações, pinturas e fotografias abstratas, que utilizam o recurso da luz, reforçando sua fugacidade pelo aparecimento e o desaparecimento. A oscilação do claro e do escuro, e a projeção das sombras, é o que confere às obras, de vários períodos e correntes artísticas, uma aura espectral e fantasmagórica.


Além de Turrell e Le Parc, Dan Flavin, Ann Veronica Janssens, Larry Bell e Hiroshi Sugimoto estão entre os artistas selecionados pelo curador, cuja pesquisa sobre a utilização da luz na arte e sua influência sobre os sentidos lhe rendeu participações em exposições de larga escala, como Dynamo – Un siècle de lumière et de mouvement 1913-2013 (Grand Palais, 2013), em que atuou como co-curador, sob o comando de Serge Lemoine; e a individual de Julio Le Parc, Soleil froid (Palais de Tokyo, 2013), como conselheiro científico. Ambas foram realizadas no ano passado em Paris. 


Dan Flavin (EUA) traz para o espaço a criação de "situações", com a redefinição arquitetônica por meio de luz e cor.

James Turrell (EUA) tem representada na mostra sua investigação sobre os limites sensoriais no uso da luz com obras cujos volumes se produzem por nuances luminosas monocromáticas.


A relatividade das cores com relação à posição do espectador é explorada pela britânica radicada em Bruxelas Ann Veronica Janssens na obra Blue, red and yellow (2001). Em grandes dimensões, essa instalação assume cada uma das cores do título conforme é vista de diferentes ângulos. Completam a lista de artistas Bettina SamsonWilliam KleinPierre HuygheGarry Fabian MillerIsabelle CornaroBlair Thurman e os irmãos Florian & Michael Quistrebert.


Com a ampliação da Galeria Nara Roesler em 2012, o projeto Roesler Hotel começou uma nova fase, tornando-se um programa paralelo ao da Galeria, para provocar novos modos de pensar e produzir, articulando a rede de artistas, galerias e curadores.

Galeria Nara Roesler
Avenida Europa, 655
01449-001
(11) 3063 2344
(11) 3088 0593
info@nararoesler.com.br
segunda a sexta das 10h - 19h
sábados 11h - 15h

segunda-feira, 31 de março de 2014

Helen Keller - Uma história de superação

Helen Adams Keller nasceu na cidade de Tuscumbia, no estado do Alabama em 27 de junho de 1880 e viveu até 1 de junho de 1968. 
Foi uma escritora, conferencista e ativista social estadunidense.


Ela provou que pessoas deficientes também podem alcançar o sucesso. Ela foi a primeira pessoa surda e cega a obter uma graduação de bacharel em artes.


Helen Keller ficou cega e surda, pois quando era bebê teve uma uma doença diagnosticada na época como "febre cerebral" (hoje acredita-se que tenha sido escarlatina). 

Ela era capaz de se comunicar, de certa forma com Martha Washington, filha da cozinheira da família, de 6 anos anos de idade, que entendia seus sinais. Aos 7 anos, Keller tinha mais de 60 sinais para se comunicar com sua família. 

Em 1886, a mãe de Keller, inspirada por um conto de Charles Dickens, American Notes, sobre a história do sucesso educacional de outra mulher surda e cega, enviou a jovem Helen, acompanhada de seu pai, para acharem uma solução. Foi então que conheceram Alexander Graham Bell, que estava trabalhando com crianças surdas. Após aconselhamentos de Bell, acabaram por conhecer a professora que iria revolucionar sua vida para sempre!



Era o começo de uma relação de 49 anos, nos quais Anne Sullivan, Johanna Mansfield Sullivan Macyn, auxiliou Keller e eventualmente a acompanhou.

Com a ajuda de sua professora, Anne Sullivan, saiu de seu isolamento imposto pela total falta de linguagem, florescendo à medida que aprendia a se comunicar. Chegando a se tormar a Célebre escritora, filósofa e conferencista, famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas portadoras de deficiência.

A história das duas é contada na peça The Miracle Worker, de William Gibson, que virou o filme O Milagre de Anne Sullivan, em 1962, dirigido por Arthur Penn (em Portugal, O Milagre de Helen Keller)...

Anne Sullivan era de Massachusetts. Filha de fazendeiros imigrantes irlandeses Thomas Sullivan e Alice Cloesy.
Ela tinha um irmão chamado Jimmie, que contraiu tuberculose.
Dois anos depois, sua mãe morreu e seu pai abandonou ela e seu irmão em um orfanato, onde o menino morreu em pouco tempo.



Anne foi vítima da pobreza e de abuso físico do seu pai alcoólatra e aos cinco anos ela contraiu tracoma, que quase a levou a cegueira, mas depois de nove operações, recuperou alguns graus da visão.


Clique aqui para assistir trecho do filme ''O Milagre de Anne Sullivan'' de 1962

quarta-feira, 19 de março de 2014

Exposição Iconos de Adriana Duque na Zipper Galeria

Compareci ontem à abertura da exposição Iconos de Adriana Duque.
O projeto fotográfico da artista promove uma íntima relação com a história da pintura, mais especificamente a pintura holandesa do periodo Barroco.
Duque remete aos movimentos de vanguarda européia do início do século XX que buscam medir na fotografia sua autonomia como linguagem, separando-as da pintura acadêmica tradicional, e enfatizando o impacto visual que surge do contraste entre ambas linguagens.
Retrata seu próprio universo subjetivo e infantil em luzes e cores, em fantasias de princesa, sonhos, lembranças e até frustrações, na dimensão de uma performance, de um gesto que deve ser vivido organicamente.
Suas Marias possuem os fones de ouvido que tapam-lhes os ouvidos, conferem garantia de isolamento, como forma de negar a presença, de manter o outro afastado. Ao conectar esse comportamento contemporâneo do uso dos fones de ouvido em espaços públicos com a aura de impavidez e isolamento natural das infantes, Duque cria quadros de grande simbolismo e reflexões.
As crianças fotografadas por Adriana Duque são quase-pintura, onde a luz é calculada, as roupas são confeccionadas especialmente para a foto, e os olhos azuis das crianças adicionados na pós-produção digital, nos encantam pela mágica, por serem imagens fieis a algo real.
''Adriana exacerba a manipulação de nossa crença perante a imagem. Suas lindas crianças vestem-se como pequenos monarcas, reinam em um cenário de veludo e brocados, adornam-se com uma coroa que se parece com um fone de ouvido, trazendo-as para a contemporaneidade apesar da atmosfera barroca.
Ao citar o século 17 nos contrastes de claro e escuro e na rica ornamentação das vestes e mobílias, Duque nos coloca também em contato com a história da arte latino-americana, que violentamente viu a arte nativa ser substituída pela arte então em vigor na Espanha. 
As crianças das fotografias podem ser um retrato de uma arte ainda na infância, que tenta crescer mas mantém-se ligada a um começo artificialmente barroco, que a criança traveste sem questionar, com fones de ouvido que abafam qualquer som crítico, e as mantém olhando para a câmera, sem que vejam, ao fundo, o interior genuíno, simples, de uma casa real.''
Adriana Duque nasceu em Manizales, Colombia em 1968
Vive e trabalha em Bogotá, ColômbiaÉ Formada em Artes Plásticas pela Universidad de Caldas, Manizales, Colômbia.
De 18 de março a 12 de abril de 2014


Seg. a sex: das 10 às 19
Sábado: das 11 às 17
Zipper Galeria
Rua Estados Unidos, 1494 - Jardim América
(11) 4306 4306



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