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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Um Bonde Chamado Desejo

Um Bonde Chamado Desejo é uma peça teatral de 1947, escrita pelo dramaturgo norte-americano Tennessee Williams, pela qual ele recebeu o Prêmio Pulitzer em 1947.


A peça estreou na Broadway em dezembro de 1947, e ficou em cartaz até dezembro de 1949, no Ethel Barrymore Theatre

Foi dirigida por Elia Kazan e estrelou Marlon Brando, Jessica Tandy, Kim Hunter, e Karl Malden.

Houve uma produção que estreou em Londres em 1949,  e estrelavam Bonar Colleano, Vivien Leigh, e Renee Asherson, dirigida por Laurence Olivier.

Houve várias adaptações da peça, sendo a mais conhecida a de 1951, que foi adaptada para filme, sob a direção de Elia Kazan, recebendo vários prêmios, inclusive o Oscar de melhor atriz para Vivien Leigh, no papel de Blanche.




Algumas adaptações criativas posteriores incluem uma ópera em 1995, com música de André Previn, a qual foi apresentada no San Francisco Opera.

A obra conta a estória de dois personagens que são destaque na peça, tornando-se, na cultura popular, ícones representativos do conflito: Blanche DuBois, uma nostágica reminiscente da cultura sulista, e Stanley Kowalski, um representante da classe operária.

A peça apresenta Blanche DuBois, uma decadente beleza sulista com pretensões de virtude e cultura que, através da fantasia, busca encobrir, para si mesma e para os outros, a realidade. Disfarça suas desilusões através da idéia de se mostrar – e se acreditar – ainda atraente e com possibilidade de novas conquistas amorosas. 



Blanche chega ao apartamento de sua irmã Stella Kowalski, no Faubourg Marigny, de Nova Orleans, sobre a Elysian Fields Avenue, e um dos transportes que utiliza para chegar é um bonde chamado "Desire". O ambiente urbano é um choque para Blanche, em virtude da nostálgica evocação de sua propriedade sulista, "Belle Reve", em Laurel, Mississippi, que havia sido perdida, segundo ela, por intrigas de seus ancestrais.

 Blanche culpa continuamente o nervosismo como fator de seu afastamento do trabalho como professora de inglês, quando na verdade a causa foi o relacionamento com um estudante de 17 anos, o que a levou a fugir de Laurel. Um breve casamento desfeito pela descoberta da homossexualidade do marido Allan Grey e seu consequente suicídio lançaram Blanche para dentro de um mundo de fantasias e ilusões misturadas à sua realidade.

Em contraste com o retraimento e respeito de Stella e o pretensioso refinamento de Blanche, está Stanley Kowalski, que representa o poder da natureza bruta: primal, rude e sensual. Ele domina Stella em todas as suas attitudes, e é física e emocionalmente abusivo. Stella tolera seu comportamento como parte de sua atração; seu amor e relacionamento são baseados no poder animalesco e química sexual, algo que Blanche considera impossível entender.



A chegada de Blanche perturba o sistema de mútua dependência entre Stella e Stanley. Com a presença do amigo de Stanley, que se torna pretendente de Blanche, Harold Mitchell, o conflito se agrava. Stanley descobre o passado de Blanche, a ameaça e, num confronto final – Williams alude ao fato, mas não o afirma diretamente –, a violenta, resultando na crise nervosa de Blanche. Stella a encaminha para uma instituição de tratamento mental e, no momento final, ela se dirige ao médico que a levará: "Whoever you are, I have always depended on the kindness of strangers…" ("Seja você quem for, eu sempre dependi da bondade de estranhos…")

A obra trás uma reflexão sobre a velha América e a nova América, sob a presença de imigrantes. Blanche é pobre e Stanley, um polonês imigrante, é poderoso e confiante.

Há um constante conflito entre a realidade e a fantasia. Blanche, em determinada cena, diz: "I don't want realism, I want magic" ("Eu não quero realismo, eu quero magia").

Esse tema recorrente é muito forte na caracterização que Williams faz de Blanche DuBois e o sentido figurado que ela emprega em sua idealização e busca pela magia: um papel quebra-luz a envolver a berrante claridade da lâmpada no living; seu insistente e repetitivo relato dos últimos anos em Belle Reve; a miscelânea de cartas para Shep Huntleigh; e uma pronunciada tendência ao consumo de álcool. 

De acordo com alguns críticos, "Blanche spins a cocoon linguistically for protection" ("Blanche engendra um casulo linguístico para sua proteção"). Blanche cria seu mundo de fantasias com as características do meio que conhece, tais como ser donzela, beleza sulista ou professora de escola. Ela utiliza seus relatos para criar uma fachada sob a qual se esconde, conciliando seus segredos numa tentativa de voltar à glória do passado, e ilustrando sua inabilidade para transmitir aos outros seu senso de normalidade.

Notavelmente, a decepção de Blanche com relação aos outros e a si mesma, não é caracterizada por malícia, mas prefere demonstrar sua desilusão através do "coração partido" e tristeza, remetendo a um tempo romântico e feliz antes do "decepção" que marcou sua vida.

O contraste entre Blanche e Stanley pode ser entendido como reflexo da oposição: a falsa, ilusória e decepcionada mulher, versus o rude, brutal e animalesco marido de sua irmã, a realidade em sua presença física.

Abandono dos códigos cavalheirescos

Nos contos de fada, a princesa aflita ou a donzela em apuros é frequentemente resgatada pelo príncipe heróico e forte. Em ''Um Bonde Chamado Desejo'' a ausência do homem másculo com qualidades heróicas é a característica. Na verdade, o opositor ao cavalheiresco herói pode ser representado pela principal figura masculina da peça, Stanley Kowalski. 


Stanley é descrito por Blanche como um "sobrevivente da idade da pedra", com maneiras incivilizadas, comportamento violent, ausência de empatia, e atitudes chauvinistas mediante as mulheres. Da mesma forma, Mitch é socialmente desastrado, e apesar de cavalheiro, é estúpido.

Há a possibilidade da personagem de Blanche ter se baseado na história da irmã de Tennessee, Rose Williams, que tinha problemas mentais e foi submetida a uma lobotomia.


Tennessee Williams na verdade é pseudônimo de Thomas Lanier Williams III (Columbus - Mississipi, 26 de março de 1911Nova Iorque, 25 de fevereiro de 1983) que foi um dramaturgo estadunidense, ganhador de muitos prêmios.


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A internet e a Língua Portuguesa

A Língua Portuguesa na era digital, está sendo conhecida pela gíria ''internetês''.

A internet está mudando a maneira como lemos e escrevemos, pois hoje, com quase 40 milhões de usuários de internet só no Brasil, podemos afirmar que e-mails, blogs e redes de relacionamento já deixaram sua marca na produção textual contemporânea.



Para o escritor Michel Laub, autor dos romances O Gato Diz Adeus e Longe da Água (ambos pela Cia. das Letras), ''a internet tornou os textos mais naturais e coloquiais, embora não seja a única responsável por essas mudanças.

- O texto da internet é um texto em geral mais coloquial, menos "literário", no sentido de ser mediado por truques de estilo. A internet não inventou a coloquialidade, mas fez com que ela passasse a soar mais natural para muito mais gente e, estatisticamente ao menos, virou um certo padrão'' - afirma.

Superficialidade

Obviamente existe um fator negativo, pois a internet tende a dificultar nossa concentração em textos de fôlego como romances, por exemplo.

É como se essa geração que já nasceu imersa na tecnologia possuísse uma carência de informações, mesmo sempre conectada. Pois muitas vezes falta a capacidade de se aprofundar mais no que lêem.

Não falta informação para os jovens, mas muitas vezes falta a capacidade de processar e refletir sobre tudo o que lêem.

Por outro lado, se antes o ato de ler era algo distante, a internet acabou com isso, o que é muito positivo.

Mais leitores
Não por acaso, segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro na última década, o Brasil saltou de 26 para 66,5 milhões de leitores no que diz respeito a livros impressos. É um aumento mais que considerável!
A internet não deve ser vista como algo negativo, pois amplia nossas possibilidades de leitura. É claro que é preciso um olhar crítico, e este é o papel do educador, o de orientar a busca, seleção e gerenciamento das informações que estão disponíveis na rede.


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Projeto Nova Fotografia, Exposição ''Espaço, Tempo e Causalidade'' de Eudes de Santana


O MIS está com um projeto chamado Nova Fotografia, que trata-se de um espaço permanente para exposição de fotografias de novos artistas que se distinguem pela qualidade e inovação do seu trabalho.

O fotógrafo convidado para a quarta exposição do espaço é Eudes de Santana com o trabalho ''Espaço, Tempo e Causalidade''.



A mostra reúne 13 fotografias tiradas entre 2011 e 2013 nas cidades de Valência, Barcelona, Berlim e São Paulo. 



Este trabalho explora texturas, formas, cores e fenômenos naturais da transformação da matéria física. Fomenta o diálogo entre a fotografia, a pintura e a escultura, colocando ênfase no imaginário estético da imagem fotográfica e exercita o olhar do observador pela abstração.







Eudes de Santana nasceu em Rio Claro - SP e se formou em design gráfico em Londrina/PR.  


Com pós-graduação em fotografia pela Escuela Superior Universitaria de Imagen y Diseño (Idep) de Barcelona, já trabalhou com publicações como Zeit Magazin, Die Zeit, Neon Magazin (Alemanha), Vice (Espanha), Spin (EUA), Credit Suisse/Bulletin Magazin (Suíça), Nasty Magazine (Itália), e realizou trabalhos publicitários para Bsur Amsterdam, Sony e Nike, TK Maxx, entre outras.

De 30 de outubro a 02 de Dezembro de 2014
Terças a sextas, das 11h às 21h;

Sábados, das 9h às 23h; 
Domingos e feriados, das 9h às 20h

Espaço Nicho

Ingresso: gratuito


MIS
Avenida Europa, 158
Jardim Europa, São Paulo - SP  CEP 01449-000.
Telefone: (11) 2117-4777