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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Sociolinguística



Linguagem e sociedade estão ligadas entre si de modo inquestionável.
Portanto sociolinguística é o ramo da linguística que estuda a relação entre linguística e sociedade, e suas diferentes variações em relação ao tempo, espaço, classe social, situação formal ou informal, etc...

Campos de Estudo

O termo sociolinguística fixou-se em 1964 em um congresso organizado por Willian Bright, na Universidade da Califórnia em Los Angeles, do qual participaram vários estudiosos.
Ao organizar e publicar, em 1966, os trabalhos apresentados no referido congresso sob o título Sociolinguistics, o referido autor define que o objeto de estudo da Sociolinguística é a diversidade linguística.
Bright identifica então, um conjunto de fatores socialmente definidos, com os quais a diversidade linguística está relacionada, como:

a) Identidade social do emissor ou falante - diferenças nas falas entre classes sociais ou entre os gêneros femininos e masculinos;
b) Identidade social do receptor ou ouvinte - relevante, por exemplo, no estudo das formas de tratamento, baby talk (fala utilizada por adultos para se dirigirem aos bebês);
c) O contexto social - situações formais e situações informais;
d) O julgamento social que os falantes fazem do próprio comportamento linguístico e sobre o dos outros;

Objetos, Conceitos e Pressupostos

O objeto da Sociolinguística é o estudo da língua falada, observada, descrita e analisada em seu contexto social, isto é, em situações reais de uso. Seu ponto de partida é a comunidade linguística, um conunto de pessoas que interagem verbalmente e que compartilham um conjunto de normas com respeito aos usos linguístico.
Em outras palavras, uma comunidade de fala se caracteriza não pelo fato de se constituir por pessoas que falam do mesmo modo, mas por indivíduos que se relacionam, por meio de redes comunicativas diversas, e que orientam seu comportamento verbal por um mesmo conjunto de regras.

A Variação Linguística: Um Recorte

Todas as línguas do mundo são sempre continuações históricas.
Gerações sucessivas de indivíduos legam a seus descendentes o domínio de uma língua particular. As mudanças temporais são parte da história das línguas.

Já no plano sincrônico, as variações observadas nas línguas são relacionáveis a fatores diversos: dentro de uma mesma comunidade de fala, pessoas de origem geográfica, de idade, e de sexo diferentes, falam distintamente.

As Variedades Linguísticas e a Estrutura Social

A variedade padrão de uma comunidade, também chamada norma culta, não é, como o senso comum faz crer, a língua por excelência, a língua original, posta em circulação, da qual os falantes se apropriam  como podem ou são capazes.
O que chamamos variedade padrão é o resultado de uma atitude social ante a língua, que se traduz, de um lado, pela seleção de um dos modos de falar entre os vários existentes na comunidade e, de outro, pelo estabelecimento de um conjunto de normas que definem o modo ''correto'' de falar.

Bibliografia

Tânia Maria Alkmin







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